Existe Apenas Uma Idade


Existe apenas uma idade para sermos felizes. Apenas uma época na vida de cada um nós, em que é possível sonhar, fazer planos, e ter a energia suficiente para os realizar com despeito por todas as dificuldade e obstáculos.

Existe apenas uma idade para nos encantarmos com a vida, viver apaixonadamente e desfrutar de tudo com intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer por isso. Uma fase dourada, em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança.

Vestirmo-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores, sem preconceito nem pudor. Um tempo de entusiasmo e coragem, em que todos os desafios são um convite à luta, que enfrentamos diariamente com a disposição de tentar algo novo, de novo e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na nossa vida, chama-se presente e tem a duração do instante que passa.

Autor desconhecido

Hoje Acordei Assim


Hoje acordei assim
Irritada
Por tudo e por nada
Aborrecida
Não sei se do tempo
Se com a vida

Hoje acordei assim
Sem pressa, sem vagar
Sem força para correr
Sem vontade de parar

Hoje acordei assim
Por isso vou esperar
Que o dia de amanhã
O de hoje
Não me faça lembrar
Helga

As Cinco Fases da Dor

"Good Mourning"

De acordo com Elisabeth Klüber-Ross, quando sofremos uma perda catastrófica, passamos por cinco fases diferentes de dor. Começamos pela negação. A perda é tão impensável, que achamos que não pode ser verdade. Zangamo-nos com todos. Zangamo-nos connosco mesmos. E depois negociamos o que sentimos. Imploramos. Pedimos. Oferecemos tudo o que temos. Oferecemos a nossa alma em troca de apenas mais um dia. Quando a negociação falha e é difícil continuarmos zangados, entramos em depressão. Em desespero. Até que aceitamos que fizemos tudo o que podíamos. E deixamos ir. Deixamos ir e passamos à aceitação.

A dor pode ser algo que todos temos em comum, mas é diferente em cada um de nós. Não é apenas a morte que temos que chorar. É a vida! A perda! A mudança! E quando nos perguntamos porque tem de ser tão mau, porque tem de doer tanto, é quando percebemos que tudo pode mudar de repente. É assim que nos mantemos vivos. Quando dói tanto que não conseguimos respirar. É assim que sobrevivemos e continuamos.

A dor chega na altura própria para cada pessoa. A seu modo. E tudo o que podemos fazer, é tentar ser honestos. Mas o que é mesmo doloroso, a pior parte da dor, é que não conseguimos controlá-la. Por isso o melhor a fazer é permitirmos senti-la quando chega e deixá-la partir quando conseguimos. Mas ás vezes quando pensamos que já a ultrapassámos, ela começa de novo. E de cada vez que começa... deixa-nos de rastos... sem fôlego.

Há cinco fases de dor. São diferentes em todos nós, mas são sempre cinco. Negação. Ira. Negociação. Depressão. Aceitação.

Monólogo de Introdução 'Anatomia de Grey', série 6, episódios 1 e 2

O Mundo dos Cultos


Ser culto está decididamente na moda... mas poderá o mundo dos cultos ser um mundo livre, sem que na alma dos que nele habitam, pese o conhecimento da realidade, da miséria e da hipocrisia? Será a sua liberdade de expressão uma voz sincera, ou será apenas o eco da influência e das ideias organizadas, defensoras de demagogias consumistas e generalizadas? Será o mundo dos cultos, um mundo mais inteligente que o mundo dos homens simples? Poderão os cultos ser tão nobres de espírito e sábios de pensamento, quanto aqueles que se cultivam através da experiência de vida e do conhecimento de causa?

Não sei a resposta a estas perguntas. Sou apenas uma pessoa simples. Alguém que não tem a pretensão de ser chamada de culta. Viver é o meu lema. A minha ignorância é a minha riqueza. O que me define são as minhas ideias e as minhas decisões. A verdadeira cultura, assim como a sabedoria dos homens, não se aprende nos livros que já foram escritos, mas sim naqueles que ainda ninguém escreveu.

Não dedico este meu primeiro post aos que gostam de se manter actualizados,  porém sem fazer da informação e da cultura que da mesma advém, o ar que respiram, mas sim àqueles que acham que ler o jornal, é saber tudo sobre a vida. Àqueles que acham que devorar todos os debates políticos, é entender política. Àqueles que acham que ler um livro que não entendem, mas porque é um best-seller, é sinónimo de inteligência.

Eu também leio o jornal, também vejo debates e também leio livros. Mas a pergunta que fica é apenas uma... o que faz cada um de nós depois disso? Quem optamos por ser? Alguém que escolhe viver de acordo com as suas verdadeiras convicções, ou alguém que limita os seus horizontes a uma cultura abstracta e imposta, apenas para compensar a sua ignorância e pobreza de espírito?
Helga