Carrego o Teu Coração Comigo


Carrego o teu coração comigo
Carrego-o no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu vou, tu vais
E o que é feito por mim, és tu que fazes
Não receio nenhum destino
Tu és o meu destino
Eu não quero outro mundo
Tu és o meu mundo, a minha verdade
Tu és o significado da Lua
Onde quer que o Sol brilhe, tu és o seu canto

Aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe
Aqui está a raiz da raiz e o botão do botão
E o céu do céu de uma árvore chamada vida
A qual cresce mais alto
Do que a alma espera ou a mente esconde
Este é o milagre que mantém as estrelas separadas
Carrego o teu coração comigo
Carrego-o no meu coração

E.E. Cummings

O Poder das Nossas Escolhas



Coisas ruins não são o pior que pode nos acontecer. O pior que nos pode acontecer é NADA. Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos. Traçamos as nossas vidas pelo poder das nossas escolhas. Quando  as nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós mesmos que traçamos as nossas vidas, sentimo-nos frustrados.

Uma pequena mudança hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas acham-se ocultas pelo tempo. Geramos os nossos próprios meios. Obtemos exactamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nó próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar as nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos?


Richard Bach

Metade


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é a plateia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Letra e música: Oswaldo Montenegro

A Rosa


Alguns dizem que o amor é um rio
  que afoga a relva macia
Alguns dizem que o amor é um lâmina 
que deixa a tua alma a sangrar

Alguns dizem que o amor é uma fome
Uma necessidade dolorosa que nunca acaba
Eu digo que o amor é uma flor e tu és apenas a semente

É o coração com medo de quebrar que nunca aprende a dançar
É o sonho com medo de acordar que nunca aproveita a chance
É aquele que nunca será dominado que não se consegue dar
  É a alma com medo de morrer que nunca aprende a viver

Quando a noite for solitária e o caminho muito longo
Quando achares que o amor é para os fortes e para os sortudos
Basta lembrares-te que num Inverno distante sob a neve amarga
Está uma semente que com o amor do Sol
Na Primavera se torna numa Rosa

(Bette Midler - The Rose)

Tradições

(o conteúdo deste vídeo pode ferir susceptibilidades)


A propósito do desafio de Março para a Fábrica de Letras sobre o tema 'Violência'.

Definição de Mim

Com a qual pela primeira vez concordo.


VIRGEM: Mulher "pura". Costuma ser muito crítica e prática. Tende a preocupar-se em excesso, mas mesmo assim costuma ter sempre um sorriso na cara e um olhar tranquilo. Nunca consegue relaxar completamente. Não gosta de chamar a atenção, mas tem um óptimo bom gosto e anda sempre muito bem arranjada. Cuidado com a críticas que lhe faz, ela pode não perdoar. Pequenas coisas têm muita importância para ela. Buscam sempre tranquilidade e harmonia. Para ela tudo deve ter uma certa lógica e um motivo. Mulher romântica e nada agressiva. Apesar de sua timidez, é bastante firme e forte, para que os outros encontrem nela um porto seguro.

O Mundo dos Cultos (1 ano depois)

Ontem, dia 21 de Janeiro, este blog fez 1 ano, e para assinalar a data decidi (re)publicar o meu 1º post. Um texto que escrevi num desabafo precisamente no mesmo dia que decidi criar este espaço como partilha de ideias e expressar de opiniões. A todos os que por aqui passaram e aos que contribuíram para que estas Planícies da (minha) Memória fossem tão longe, o meu mais profundo e sincero OBRIGADO!


Ser culto está decididamente na moda... mas poderá o mundo dos cultos ser um mundo livre sem que na alma dos que nele habitam, pese o conhecimento da realidade, da miséria e da hipocrisia? Será a sua liberdade de expressão uma voz sincera, ou será apenas o eco da influência e das ideias organizadas e defensoras de demagogias consumistas e generalizadas? Será o mundo dos cultos um mundo mais inteligente que o mundo dos homens simples? Poderão os cultos ser tão nobres de espírito e sábios de pensamento quanto aqueles que se cultivam através da experiência de vida e do conhecimento de causa?

Não sei a resposta a estas perguntas. Sou apenas uma pessoa simples. Alguém que não tem a pretensão de ser chamada de culta. Viver é o meu lema. A minha ignorância é a minha riqueza. O que me define são as minhas ideias e as minhas decisões. A verdadeira cultura, assim como a sabedoria dos homens, não se aprende nos livros que já foram escritos, mas sim naqueles que ainda ninguém escreveu.

Não dedico este meu primeiro post aos que gostam de se manter actualizados,  porém sem fazer da informação e da cultura que da mesma advém, o ar que respiram, mas sim àqueles que acham que ler o jornal é saber tudo sobre a vida. Àqueles que acham que devorar todos os debates políticos é entender política. Àqueles que acham que ler um livro que não entendem, mas porque é um best-seller, é sinónimo de inteligência.

Eu também leio o jornal, também vejo debates e também leio livros. Mas a pergunta que fica é apenas uma... o que faz cada um de nós depois disso? Quem optamos por ser? Alguém que escolhe viver de acordo com as suas verdadeiras convicções, ou alguém que limita os seus horizontes a uma cultura abstracta e imposta, apenas para compensar a sua ignorância e pobreza de espírito?
Helga

Sinónimos de Nós


Vestígios, marcas, sinais. Sinónimos que ditam a nossa presença e por onde passámos. Unívocos que num instante apenas se transformam em nada, vazio, silêncio. A nossa presença é apagada, extinta, fica sem rasto. Somos como um enorme dicionário de adjectivos e substantivos. Um verbo entoado no presente, sem pretérito perfeito ou imperfeito. Um conjunto de palavras e de frases feitas que nos define e nos ilude. Vocábulos que nos castigam e nos alentam com o significado do seu contrário. Ontem alegria. Hoje tristeza. Ontem paixão. Hoje recordação. Hoje amiga. Amanhã esquecida. Hoje lúcido. Amanhã louco. Ontem mágoa. Hoje esperança. Hoje preso. Amanhã livre. Ontem nada. Hoje tudo.
Helga

Para 2011


Desejo o melhor. Receio o pior. Aceito o que vier.

(Daniel Defoe)


Mas acima de tudo, tentarei encarar a vida pelo lado positivo!

FELIZ ANO NOVO!

Todos os Sonhos


Todos os pássaros, todos os pássaros
Asas abriam, erguiam cantos
De Amor cantavam.
Todos os homens, todos os homens
De almas abertas, de olhos erguidos
De Amor cantavam.

(José Gomes Ferreira)


Desejo a todos um Feliz Natal!

Pessoas (para a Fábrica de Letras)


Eu? 
Eu dedico esta canção aos meus queridos avós...


Para a Fábrica de Letras no âmbito do desafio de Dezembro:
'Objectos. Pessoas. Sítios. Acontecimentos'

Artistas de Circo


Somos todos artistas de Circo. Malabaristas de pareceres e aparências. Quando o pano sobe, respiramos fundo, ensaiamos o nosso melhor sorriso, corrigimos a nossa postura e tentamos não desiludir a plateia que nos observa atentamente. Uma plateia ansiosa, que nos espera ver brilhar, mas que aguarda silenciosamente o nosso primeiro erro para nos lembrar as nossas falhas e imperfeições. Só conhecemos alguém quando conhecemos o seu contrário. O contrário de um artista é a sua falha perante um público expectante, porém traiçoeiro e sedento do seu fracasso. É exactamente assim o nosso contrário. Contrabalançamos o nosso carácter honesto e leal com o nosso lado mesquinho e ardiloso, mas no fim optamos sempre por nos proteger de quem somos. É a confiança que temos na nossa actuação que muitas vezes nos trai. Ensaiamos até à exaustão o nosso número, que não contamos que o mesmo possa ser passível de falhas e erros. 

Darmos a alguém a conhecer quem somos, é dar-lhes a conhecer aquilo que nós mesmos não conhecemos. A humildade é um dom e a honestidade é sem dúvida uma virtude, porém ambas podem ser um trapézio sem rede, se nos limitarmos a viver só e unicamente apoiados nelas. O perigo da nossa queda, consiste precisamente numa gestão errada de nós mesmos, pois muitas vezes a nossa maior falha, não está em não saber reconhecer os nossos defeitos, mas sim em não saber lidar com as nossas virtudes. Não somos seres superiores. Somos todos imperfeitos. Falsos e leais. Honestos e mesquinhos. Felizmente tenho a minha plateia para a qual posso actuar sem medo de falhar. Felizmente sou imperfeita. Felizmente sou humana.

(Helga - Novembro 2009)

Nada


"Aneurisma. Qualquer instante pode ser o último. Sem o mínimo pressentimento, no mais completo desconhecimento, irei transpor uma barreira invisível, para além da qual nada existe, nem sequer a escuridão. O meu próximo passo pode muito bem ser o passo através dessa barreira. Não é então ilógico sentir medo disso, tendo consciência de que nem sequer me aperceberei da súbita síncope e sabendo de antemão que tudo irá acontecer assim mesmo?"

Narrativa de Amadeu de Prado em 'Comboio Nocturno para Lisboa' de Pascal Mercier

Procura-se!


Opel Corsa Swing - 2 portas

Desapareceu de casa no passado dia 30 de Setembro sem deixar rasto. Peço a vossa ajuda para o ajudar a encontrar são e salvo. Qualquer detalhe ou informação é muito importante! Durante 18 anos partilhámos momentos, aventuras, viagens, apanhámos alguns sustos e tivemos algumas zangas. Tenho saudades dele! 

Obrigada!

Devagar


Aos poucos vou surgindo. Devagar, para não perturbar o sossego que ficou no meu lugar. Revigorada? Talvez! Sinto-me bem. No fundo é o que conta, certo? O descanso das férias por vezes é bastante relativo. Quebra-se a rotina e criam-se novos vícios. É preciso tempo para aprender tudo outra vez. Para ocupar o espaço e obedecer aos dias. Por isso aqui estou - timidamente - sem muito para dizer, mas com vontade de ficar. Aos poucos vou surgindo. Devagar, para absorver todo o carinho que me deixaram, todas as palavras que me disseram. A todos muito obrigado!

Ainda Não


Ainda não
Não há dinheiro para partir de vez
Não há espaço de mais para ficar
Ainda não se pode abrir uma veia
E morrer antes de alguém chegar

Ainda não
Não há uma flor na boca para os poetas
Que estão aqui de passagem
E outra escarlate na alma
Para os postos à margem

(António José Forte)

Vou de férias. Vejo-vos em Setembro. Até lá...

Palavras que Tendemos em Ignorar


 "Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam. Não deixem nada por dizer. Nada por fazer." 

António Feio
1954 - 2010