Tive o prazer e o privilégio de o conhecer na década de 80. Homem humilde e de grande simpatia. Nunca o vi jogar, mas cresci a ouvir os relatos dos seus feitos e das suas glórias. Na última homenagem "sentiu-se" a ausência de Mourinho e Ronaldo. Descansa em paz grande Pantera Negra!
Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força,
sabia a contenção e era explosão,
havia nele o touro e havia a corça.
Não era só instinto, era ciência,
magia e teoria já só prática.
Havia nele a arte e a inteligência
do puro jogo e sua matemática.
Buscava o golo mais que golo: só palavra.
Abstracção. Ponto no espaço. Teorema.
Despido do supérfluo rematava
e então não era golo: era poema.
Manuel Alegre
2 comentários:
Vi-o jogar... mas o que guardo na memória é um gesto tímido e os valores.
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