Fui Ver o Mar

Peguei em mim, na máquina fotográfica e na canalha miúda e fui ver o mar. 
E que lindo que ele estava...

 Carcavelos
 Fotos: Helga

Uma Villa em Itália

"Quatro pessoas, uma herança misteriosa e um irresistível convite para um lugar mágico"


Acabei hoje mesmo de ler este livro. 'Uma Villa em Itália' é um livro apaixonante desde a primeira à última página. De uma forma simples e envolvente, a autora consegue manter o interesse e o mistério até ao último parágrafo. Uma história que nos cativa e que nos apetece viver na primeira pessoa. Transcrever qualquer passagem ou trecho, seria revelar cada segredo deste envolvente e suave mistério, por isso deixo-vos o texto que me cativou e me impulsionou a comprá-lo e a devorar as suas 400 páginas em menos de um mês.

Delia, filha de um lorde e cantora de ópera, não consegue esquecer o ex-namorado, agora casado com a sua irmã. George, um cientista nuclear de Cambridge, não consegue perdoar-se por ter participado no desenvolvimento da bomba atómica. Majorie escreve policiais, ou melhor, escrevia, já que se debate há algum tempo com um bloqueio criativo. E Lucius, um banqueiro de Boston, vive ainda assombrado pelas memórias da guerra.

Quatro pessoas aparentemente sem nada em comum vêem o seu nome mencionado no testamento de uma mulher que não conhecem. Quem foi Beatrice Malaspina e porque exige que compareçam na sua  Villa em Itália? Enquanto esperam pelas respostas, a magia do lugar começa a exercer os seus efeitos sobre eles; os frescos desbotados, os jardins exuberantes e a magnifica torre medieval, não se assemelham a nada que já tenham visto. Aos poucos, quatro pessoas que sempre fizeram os possíveis por esconder os seus problemas, descobrem que a mudança - e até mesmo a esperança - é possível. Mas a misteriosa Beatrice tem um segredo arrebatador que os afectará a todos...

A Alegria

A ALEGRIA

"A Alegria é o riso. É um pássaro livre, um prado de flores, o mel das abelhas. É acordar de manhã com o sol a entrar pela janela do quarto e a espalhar-se na cama, no chão, nas paredes, depois nos cabelos e nas mãos. É tomar banho de espuma, vestir saias com roda, sujar-se de terra. A Alegria é um som cheio de força, a gargalhada mais alta, um coração a pular-nos no peito."

Do livro infantil "PEDE UM DESEJO" de Inês de Barros Baptista

Solidão


Solidão não é a falta de alguém para conversar, namorar, passear ou fazer sexo. Isso é carência.


Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não voltam mais. Isso é saudade.


Solidão não é o retiro voluntário a que nos impomos para realinhar os pensamentos. Isso é equilíbrio.


Tão pouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente, para que revejamos a nossa vida. Isso é um princípio da natureza.


Solidão não é o vazio de gente a nosso lado. Isso é circunstância.


Solidão é muito mais do que isso.


Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.


Um poema de Francisco Cândido Xavier, que gentilmente colhi nos jardins da alma

'Chove' no dia Mundial da Poesia


Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego
Chove. O céu dorme. 
Quando a alma é viúva do que não sabe, o sentimento é cego
Chove. Meu ser (quem sou) renego...

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece
Chove. Nada apetece...

Não paira vento, não há céu que eu sinta
Chove longínqua e indistintamente
Como uma coisa certa que nos minta
Como um grande desejo que nos mente
Chove. Nada em mim sente...

Fernando Pessoa

Glória à Primavera!

(Porque estou farta do Inverno, do casaco e das botas)


Depois do Inverno
Morte Figurada
A Primavera
Uma Assunção de Flores.
A vida
Renascida
E Celebrada
Num Festival de Pétalas e Cores.

Miguel Torga
Fotos: Helga

Chuva de Mimos

Porque a Primavera está a chegar e o mau tempo parece não querer desarmar, nada melhor que alegrar  o dia com uma chuva de mimos. Por isso resolvi finalmente partilhar os miminhos recebidos ultimamente. E como ainda são alguns, vou por partes para não me esquecer de nenhum.

O 1º...
 
... chegou do blog da Lala, onde a  sopa de letras tem sempre ingredientes que nos deixam absolutamente deliciados e com vontade de mais. É um desafio em jeito de beijinho de esquimó, que traz com ele duas afirmações muito pessoais.   

A primeira, dizer uma coisa que goste em mim: Gosto do meu franco e espontâneo sentido de humor e da forma positiva com que encaro a vida. Para mim o copo está sempre meio-cheio e nunca meio-vazio. Tudo tem um lado bom, mesmo quando não parece. 

A segunda, dizer o que gosto no blog que me ofereceu este selo: Tudo! Gosto de tudo! Gosto da força e da vivacidade da autora e da sensibilidade com que as transmite. Gosto do que sinto quando lá vou espreitar, pois trago sempre algo de bom e algo de grande. 

O 2º...
... veio da Patty. Ela diz que este blog a faz sentir Mulher e eu retribuo o sentimento, pois caminhando por entre dicas de beleza, sonhos partilhados e a melodiosa voz de Michael Buble, também eu me sinto muito Mulher. Obrigada Patty! É sempre um prazer visitar o teu cantinho.

O 3º...
... gentilmente oferecido pela querida Maria Teresa, cujos  beijinhos vêm sempre delicadamente embrulhados em histórias de vida fantásticas, para além de dizer que este blog é muito mais do que um monte de palavras sem sentido, quer igualmente saber se a beleza está nos olhos de quem a vê ou se isso é apenas desculpa de gente feia.

Pois bem, para mim a beleza é uma questão de atitude e está decididamente no carácter de cada um. Uma cara bonita é sempre uma cara bonita, mas é a honestidade da alma e o brilho da humildade no olhar que nos confere a verdadeira beleza. 

O 4º...
... é uma linda flor colhida entre pétalas e palavras no dia da Mulher. Uma homenagem da Irina a todas as nossas lutas e conquistas e que nos deseja felicidades hoje e sempre. O mimo perfeito! Assim como todos os dias são perfeitos para recordar e celebrar tudo isso e muito mais. Obrigada Irina!

O 5º...
... chegou da querida Olga, cujos pensamentos, ideias e sonhos  são sempre uma constante e uma delícia de ler. Ela diz que este blog virou moda! Sempre gostei de contrariar as tendências, mas como se trata de mais uma bela homenagem no feminino, é com muito gosto que abro uma excepção e adiro a esta moda. Obrigada Olga!

O 6º...
E porque inerente à palavra mulher, está quase sempre associada a palavra beleza,  aceitei o desafio de luxo que a Olga lançou. O 6º miminho consiste em responder a 5 perguntas do interminável e deslumbrante mundo da cosmética. Aqui vai:

1) Qual o perfume que usam/recomendam? 
Organza de Givenchy
2) Qual o creme de rosto que usam/recomendam?
L´Oreal Age Perfect
3) Qual o creme anticelulítico/reafirmante que usam/recomendam?
L' Oreal Perfect Slim e caminhar diariamente
4) Qual a espuma de cabelo que usam/recomendam?
Não uso nenhuma. Apenas champô 2 em 1, tipo wash & go!
5) Quais os vossos rituais de beleza matinais?
Lavar o rosto com água fria e de seguida aplicar o creme hidratante.


O 7º...
... por último, mas não menos importante, a magia! Quem o diz é de novo a Olga e este 7º mimo obedece a 2 singelas regras. 

A primeira, completar a frase "A magia é... sorrir sempre que um sonho bom nos ilumina o dia e nos acompanha até adormecermos de novo." 

A segunda é nomear 10 blogues fantásticos!
Como disse atrás no 5º mimo, gosto de contrariar não só as tendências, mas também as regras, por isso não nomeio 10, nomeio todos! Inclusive todos os que me nomearam a mim e me deixaram estes desafios. 

Nomeio todos os que me seguem e todos os que me leiem, porque são todos seres fantásticos, dotados de um talento incrível e cujos blogues apetece tocar na ponta do nariz e são muito mais do que um monte de palavras sem sentido. São mulheres fantásticas que merecem uma homenagem diária e homens fantásticos que completam o nosso mundo! Quanto a mim, resta-me agradecer mais uma vez a todos a simpática lembrança. Muito obrigada!


E assim sendo e porque parece estar tudo muito tímido... Lala, Mary Brown, MZ, Lady Me, Ava, Olga, Maria Teresa, Patty, Melga, Gizelda, Ana Cristina, Alda, ...uma nota..., Lara, Paulo Lontro, SkullBo, Manjedoura, Catsone, Teresa, Atena, Bela, Irina, Daniel (Lobinho), Pena, Nando, Pedrasnuas, Tulipa, Jonnhy, Luísa, Carolina, Susana Lopes e Eliete, estes miminhos são para vocês. Levem os que mais gostarem :) (Creio que não me esqueci de ninguém, se o fiz, reclamem por favor)
Helga

Cavaleiro Andante


Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de Maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
Que a América roubou a Lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre a teu lado
No meu cavalo de pau

Texto: Carlos Tê

Coisas que Escrevo


Ainda não acreditava que estava ali, que tinha trocado o caos da cidade pelo canto das gaivotas, o trânsito infernal e o fumo dos escapes pelo cheiro do mar. Ainda não acreditava que tinha trocado Nova Iorque pela tranquilidade absoluta e paradisíaca daquele lugar esquecido no mundo e abençoado pelo Mediterrâneo. De cabelos soltos e de alma livre, Loraine segurava o leme do pequeno veleiro entre as mãos, traçando sem saber nas águas calmas e límpidas daquele mar imenso e cintilante, a rota do seu destino. Um destino escolhido ao acaso ou tão somente um acaso escolhido pelo destino. Não importava. Ao longe o eco da imaculada e singular brancura da encosta, devolvia-lhe uma paz infinita e nunca antes sentida, como se sempre tivesse pertencido a um lugar que não conhecia.

Esboçou um sorriso sereno e inspirou a brisa marinha e exótica, sentido cada poro e cada célula do seu corpo purificar com tamanha liberdade. Contemplou Peppe, que alheio à sua felicidade, amarrava o mastro da enorme e cândida vela. Amava tudo nele. Era perfeito! O sorriso doce e o olhar envolvente. O seu sotaque italiano e a maneira imperfeita com que prenunciava o nome dela. A forma como a olhava e a aconchegava nos seus braços fortes e ternos quando a noite caía. Sabia que não merecia tanto, mas não se atrevia a contestar a felicidade que sentia naquele momento. Um momento efémero e fugaz, em que tudo era único e especial. O Sol podia nunca mais acariciar a sua pele e a brisa suave e perfumada podia não voltar a brincar com os seus cabelos, mas aquele momento seria para sempre seu.

Quando regressou ao Hotel, Loraine estava exausta, mas inteiramente feliz. De sorriso pleno e repleto de satisfação, atirou o enorme chapéu de palha sobre a cama e de olhar extasiado de paixão, elevou-se nos bicos dos pés e rodeou o pescoço de Peppe com carinho.
- Obrigada pela tarde maravilhosa. Adorei!
- Eu também. - Confessou no seu sotaque melodioso, rodeando-lhe a cintura e acariciando-lhe com ternura a face quente e ainda ruborizada do sol - Que queres fazer agora? - Questionou com uma engenhosa inocência, sugerindo-lhe uma proposta irrecusável no seu olhar de menino traquina.
- Amar-te. Quero amar-te, Peppe. Quero amar-te todos os dias da minha vida.

Helga
'O Amor por Palavras' - 16 de Fevereiro de 2009

O Prazer e o Tédio

" Há quanto tempo, Aline, uma nuvem não é para ti senão uma nuvem... " 

Não precisei de ler mais, para pegar neste livro e trazê-lo para casa. Acabei de o ler precisamente hoje, um mês e qualquer coisa depois e após uns dias de maior interesse do que outros. Após achar também, que o autor não precisava de remexer tão a fundo no passado da personagem, para contar a sua história. Ao terminar, vi o quanto estava errada, pois como diz Maria Teresa (para mim, ela a personagem principal deste romance) "... uma história não tem princípio nem fim. A história de uma única pessoa é já a história do mundo, porque uma única pessoa é já o mundo todo."


Escolher o que mais gostei seria transcrever quase tudo o que li, por isso entre as passagens que mais me disseram, escolhi estas duas, talvez porque tal como Aline, também eu nasci no campo e também eu fui confrontada com a ruína da casa onde cresci, tendo igualmente sentido a  mesma estranha sensação de nunca ter vivido naquele lugar. 'O Prazer e o Tédio', um livro tão fascinante quanto inquietante que recomendo vivamente.

"Aline tem nas mãos uma fotografia antiga da casa. Aline viveu dezasseis anos nesta casa afastada do mundo, longe do asfalto, erguida entre a linha de festo e um ligeiro talvegue. A casa é hoje uma ruína. (...) Olha a fotografia. E descobre, num súbito sobressalto, que a imagem da casa e a memória que tinha da casa são completamente diferentes. Aline olha a fotografia com a estranha sensação de que nunca viveu neste lugar. Como se o tempo tivesse apagado os anos da infância e da adolescência ou como se a infância e a adolescência não tivessem feito parte da sua vida."


"Para onde vão os dias que passam? Que lugar os acolhe ou suspende nos seus múltiplos fios? O que nos pertence ou se perde irremediavelmente no tempo que já não é? Onde ficam as nuvens pretéritas e o vento e a chuva e as corridas das crianças a descer e a subir os atalhos das florestas? O que une ou separa os acontecimentos do passado e a memória que guardamos deles? E se não houvesse mais que o tempo presente? E se a vida toda não fosse senão este momento irrepetível de nos sentirmos vivos em melancolia, intemporalidade e tumulto?"

"E Luísa imagina por instantes que o passado e o presente se misturam até que tudo seja o que já foi."

O Império dos (meus) Sonhos


Ao ler recentemente um post sobre um sonho, lembrei-me...

... de um exército de soldados voadores. Um cortejo fúnebre interminável e um hipopótamo azul em contra mão. Um discurso de George W. Bush em pleno jardim de Eden. Uma manada de touros bravos, organizados e empenhados em dominar o mundo. Um duelo entre o Wolverine e um urso gigante, num templo de espelhos suspenso no ar. A minha mãe atrasada para o seu próprio velório. Dançar a mais bela melodia de sempre nos braços de um homem sem rosto. Correr descalça sobre um campo de papoilas sem as tocar. Conduzir a 300 Km/h na auto estrada dentro de um alguidar de plástico. E entre muitas outras fantasias do imaginário do meu subconsciente... eu... de braços abertos e cabelos ao vento, planando o mundo como um pássaro livre e sereno.

Bem vindos ao Império dos meus sonhos! As minhas noites nunca são um tédio.

e-mails...

Dos e-mails recebidos hoje, destaco este:
 
 

Embora bastante explícita, nem todos os que governam o mundo 
entendem estas  mensagens...

Trapitos


Na noite mais elegante e glamourosa de Hollywood, para alguns saber o nome dos estilistas que vestem o leque de celebridades que desfilam na passadeira vermelha, é quase tão (ou mais) importante do que saber o nome de quem ganhará a tão cobiçada estatueta. Eu, confesso, também gosto de apreciar, e é na minha modesta qualidade de apreciadora, que atribuo o meu Oscar na categoria de Melhor Vestido a estas três senhoras, que no meu singelo entender,  foram as mais elegantes e bem trajadas da noite. Fica o registo para mais tarde recordar.

Dia Internacional da Mulher


Mais do que a um país
Que a uma família ou geração
Mais do que a um passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém

Mais do que a um patrão
A uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
Que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém

Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém

(Miguel Ângelo / Fernando Cunha)

A todas as Mulheres, muito especialmente àquelas que ainda não conquistaram o livre direito de o serem.

Doce Prazer

A propósito do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, de 4 a 14 de Março.

 

Chocolate... hum, esse pequeno grande prazer!
Pecado entre os pecados
Doce entre os doces
Analgésico de amores e dissabores
Oferta sofisticada
Simples ou embriagada
Amante perfeito
Companhia sem defeito
Delícia negra, branca tentação
Chocolate... hum, esse divino e supremo prazer!
Helga

O Silêncio do Rio


Hoje são apenas crianças
Irresponsáveis e prepotentes
Julgam dominar o mundo
Ironicamente, têm-no nas mãos e não sabem
Não tarda irão crescer
Irão para a Faculdade
Sentirão a alegria de ser pais
Serão adultos (talvez) responsáveis

Mas um dia...
Um dia vão passar pelas margens de um rio
E o silêncio das suas águas calmas
Vai lembrar-lhes um menino
Um menino que nunca dominou o mundo
Que nunca foi para a Faculdade
Que não sentiu a alegria de ser pai
Um menino que não teve a chance de crescer

Porque um dia...
Um dia eles foram apenas crianças
Prepotentes e irresponsáveis
E julgaram dominar o mundo
Mas dominaram apenas
O mundo de quem, nunca o chegou a conhecer

Para o Leandro, e para todos os meninos aprisionados na angústia e no silêncio atroz, de uma infância esquecida e calada. Para todos os meninos que pensam dominar o mundo, mas que são apenas dominados pela indiferença e pela falta de afecto. Para todos nós adultos, que somos os principais responsáveis pelas nossas crianças esquecidas e caladas. Para todos nós adultos, que somos os principais responsáveis pelas nossas crianças prepotentes e irresponsáveis.
Helga

Uma homenagem que enquadro no desafio de Março sobre o tema 'Silêncio' da Fábrica de Letras 

Há Um Silêncio... (para a Fábrica de Letras)

                                                                               
Há um silêncio na melodia do mar
Que ouve e atende a alma
 
Há um silêncio na brisa da tarde
Que conforta e apazigua o espírito
 
Há um silêncio na mansidão do sono
Que revigora a mente e tranquiliza o corpo

Há um silêncio na cumplicidade do olhar
Que fala sem falar e confessa o desejo
 
Há um silêncio na escuridão da noite
Que enaltece e deslumbra os seus mistérios

Há um silêncio na dor da saudade
Que chora a ausência e aumenta a distância

Há um silêncio no grito da solidão
Que agoniza e enlouquece os esquecidos

Há um silêncio na voz do povo
Que consente o medo e obedece à injustiça
 
Há um silêncio na certeza da morte
Um silêncio que é eterno e profundo

Helga

Participação no desafio de Março, sobre o tema 'Silêncio' da Fábrica de Letras

Miminhos

Recebi mais um miminho, desta vez do querido Daniel Silva (Lobinho), que me deixou com um ego do tamanho do mundo, ao dizer que este blog é perfeitinho. Muito obrigada! Este simpático selo não traz nenhum desafio com ele, mas sim um enorme e lisonjeador elogio. Assim sendo, vou não só, guardá-lo num cantinho muito especial das Planícies da minha  memória, mas também partilhá-lo com outros blogues, que na minha opinião são igualmente perfeitinhos. Passo o testemunho a: