À Deriva


Há alturas em que a única coisa que nos apetece, é deixarmo-nos levar. Seja pelo vento, seja pelo pensamento. Alturas em que nada nos apetece e tudo nos motiva. Os interesses esmorecem, porém temos a sensação que são cada vez mais fortes. Sentimos que o tempo não chega para fazer tudo o que queremos, no entanto, temos tempo de sobra para fazer tudo o que não queremos. Estou numa altura assim. Por isso, se calhar, o melhor a fazer é deixar-me levar, pois também sabe bem andar um pouco à deriva de vez em quando.
Helga

4 comentários:

Melga disse...

Deixa-te levar mas mantém os sentidos bem abertos, há sempre quem queira evitar o nosso retorno...não nos deixando por os pés em terra firme.

Bjo*

Poetic Girl disse...

Eu também queria me deixar levar...não encontro sentido nenhum no que se passa á minha volta. Ando numa total letargia que me mata dia a dia... se me levassem nem devia dar conta... bjs

Lala disse...

É sempre bom andarmos um pouco à deriva... Sabes? Quando somos levados pelos pensamentos vazios, pelo vento, mesmo sem norte, se mantivermos os sentidos bem abertos, como aconselha o Melga, chegará a altura em que saberás definir o que é ou não importante na tua vida... Deixa-te levar. Dá tempo ao tempo!

Beijinho**

Helga Piçarra disse...

Obrigada pela dica Melga, mas apesar desta minha mente teimosa e sonhadora, a terra firme ainda é o local onde mais gosto de sonhar :)

Poetic, fiquei triste por ti :( Ninguém devia sentir-se assim. É bom deixarmo-nos levar de vez em quando, mas é importante que o façamos em consciência e nunca sem darmos por isso.

Lala, dar tempo ao tempo é preciso, sempre! É geralmente nesse período, como disseste e muito bem, que conseguimos traçar rumos e definir prioridades.

Não estou propriamente perdida e sem norte, apenas me apetece flutuar um pouco e esquecer-me das coisas, para voltar a sentir saudades delas.

Beijinhos, e mais uma vez obrigada pela visita. Voltem sempre! :)